2ª Agência Experimental de Notícias do Iesb

Uso social das tecnologias digitais da comunicação

Posted by tchayane em 21/06/2011

Militância política cresce na internet

Movimentos ganham força na rede e chegam às ruas

Agência recruta empregadas pela Web  

Profissionais fazem até curso de secretariado para obter vaga

Brasileiros faturam com criação de aplicativos

Leia também:

 • Vício high-tec: jogos imitam cada vez mais a realidade

 • Entretenimento e tecnologia são os assuntos mais procurados em blogs

 • No mundo digital, a máquina de escrever sobrevive

 • Modelos plus size ganham páginas na internet

Posted in Uncategorized | Leave a Comment »

A tecnologia que vicia

Posted by agenciaiesb em 21/06/2011

Jogadores passam horas em games que imitam cada vez mais a realidade

Rafael Mariani e Saulo Pinheiro

Quem nasceu na década de 60 e gosta de videogame já deve ter ouvido falar nas primeiras plataformas de jogos virtuais, o Odyssey (1971) e o Atari (1974). Nem de longe a tecnologia de quatro décadas atrás se compara aos gráficos, funções, desafios e tecnologia dos games atuais. “A interatividade é o que move esse mercado. Somos obrigados a desenvolver uma tecnologia que chegue o mais próximo possível da realidade para que o jogador se sinta inserido no game. Esse novo mundo paralelo com toda certeza tende a viciar”, diz o programador de jogos eletrônicos Hugo Oliveira.

A ideia das novas grandes desenvolvedoras de jogos é fornecer aos usuários um universo em que ele passe várias horas por dia jogando e interaja com outros players (jogadores). Essa nova tendência se chama Massive Multiplayer Online (MMO), que, traduzido para o português, significa Jogos Online Massivos para Múltiplos Jogadores. Os games mais famosos dessa linha são: Priston Tale, Counter-Strike e World of Warcraft.

O conceito de MMO foi criado pelo professor de telecomunicações da universidade norte-americana Indiana Bloomington e especialista em mundos virtuais Edward Castronova. A ideia sugere que milhares de pessoas interajam dentro de um mundo virtual, participem de guerras, desafios e evoluam seus personagens, tudo isso online. Para jogar, basta entrar no site oficial de um desses jogos, cadastrar sua conta, baixar o game gratuitamente e se divertir.

• Nem tudo que está na rede recebe classificação

O empresário Maurílio Shintati é dono e diretor-executivo da Hazit, responsável pela publicação na rede do jogo Priston Tale Brasil, também chamado de BPT (Brazilian Priston Tale). A empresa já foi detentora dos direitos autorais de jogos mundialmente conhecidos, como o Second Life e o Audition, e sabe que esse tipo de jogo atrai milhares de players. “Até 2012, a meta é que o BPT chegue a 3 milhões de jogadores”, comenta.

O Priston Tale é um MMO que está no mercado há 6 anos e conta com mais de 2 milhões de usuários ativos. A história do game se passa em um continente que se chama Priston e você pode optar entre vários tipos de personagem: arqueiros, lutadores, magos e sacerdotes. Conforme a força e habilidades do seu personagem aumentam, mais difíceis vão ficando os desafios.

Várias horas jogando

No site oficial do game, a idade recomendada para jogar é de 14 anos, mas nem sempre a recomendação é atendida. O estudante Carlos Ernesto, 17, joga BPT desde os 12 anos e diz que nunca ligou para a classificação indicativa. “Acho besteira. Tenho vários amigos com menos de 14 anos que jogam.” Carlos conta também que passa cerca de quatro horas por dia no game e que, às vezes, isso prejudica os estudos. “Jogo muito e acabo deixando de fazer algumas lições.”

A dona de casa e mãe de Carlos, Maria da Conceição Ernesto, não gosta que o filho jogue e acha que esses games são perda de tempo. “Ele poderia estar estudando, lendo um livro, conversando com os amigos, mas não, Carlinhos fica o dia inteiro naquele maldito computador”, diz.

Para o psicólogo Fauzi Mansur, professor do Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb) e especialista em psicologia do desenvolvimento humano, o uso excessivo de jogos eletrônicos pode prejudicar a socialização e banalizar a violência: “Tenho estagiários trabalhando em psicologia da educação. Eles pegaram um aluno da escola jogando um desses jogos, e descobriram que a proposta do game era torturar um prisioneiro com o maior requinte de crueldade possível. Isso vai ensinando que o outro é descartável, que o outro existe a partir do momento que eu decido que ele existe, e deixa de existir quando eu quero também”, ressalta. Ele afirma que isso é um aspecto preocupante nesse processo de vida virtual, “na qual não existe experiência real da existência humana”.

“Sou viciado”

O designer gráfico Lucas Moll, 26, joga diariamente quatro tipos de jogos virtuais e se considera um viciado em games online. “Eu tenho um Mac, mas agora comprei um Mac Book Pro, o laptop da Macintosh. O bom é que eu posso jogar aonde eu for. Levo minha internet móvel, ou pego sinal Wi-Fi. É uma vantagem, por que aí posso matar meus inimigos em todos os lugares”, conta Lucas.

Posted in CiberCrimes, Uncategorized | Leave a Comment »

Ativismo online é para preguiçosos?

Posted by igorcurvo em 15/06/2011

Igor Curvo e Saulo de Castilho

O fenômeno do ativismo online, apesar de visto com entusiasmo por parte da sociedade, também gera reações de desconfiança. A revista “The New Yorker”, por exemplo, publicou reportagem em outubro de 2010 com o título “A revolução não será tuitada”, em que pondera sobre o real alcance das manifestações digitais. O pensador bielo-russo Evgeny Morozov cunhou o termo “slackativism” (ativismo preguiçoso) para analisar os movimentos de mobilização pela internet.

Para o professor Hélio Paz, hoje é necessário alto de grau de convencimento para fazer alguém sair da zona de conforto e agir. Porém, não se deve menosprezar o que os movimentos online podem fazer pelas ações presenciais, principalmente em relação à tarefa de atrair atenção para determinada causa e assim gerar empatia e identificação do público. “Estabelecer presença nas mídias sociais e nas mídias de massa dá trabalho e é preciso saber o que se está fazendo”, conta Paz.

Ainda de acordo com o professor, até mesmo uma comunidade do Orkut chamada ‘Eu Odeio o Biscoito X’ significa um ato político. “Afinal de contas, envolveu mobilização, crítica, pesquisa e ação. Uma mudança de consumo, mas uma mudança que não pode ser vista isoladamente: quem sabe se esse ato singelo não pode servir de inspiração para uma atuação mais séria?”.

“Revolução” avança para a rede

Posted in Cidadania Online | Leave a Comment »

Brasileiros entram no mercado de criação de aplicativos

Posted by llmarreto em 15/06/2011

Cursos online e presenciais ensinam a produzir ferramentas para smartphones e tablets

Bernardo Torelly e Lúcio Marreto

Aplicativos para tablets e smartphones têm facilitado a realização de algumas tarefas triviais do dia a dia. Por isso, alguns brasileiros entraram com tudo nesse mercado e apostam na criação de softwares exclusivos, para ganhar destaque entre os mais de 300 mil programas oferecidos pela principal empresa da área, a Apple.

A nova criação de Bruno é o aplicativo para iPad

Profissionais familiarizados com as linguagens e códigos de programas já perceberam que basta criatividade e dedicação para lucrar com o desenvolvimento de novos apps. Quem entende do assunto pode faturar de R$ 2 mil a R$10 mil, de acordo com a complexidade do programa, em um mercado com previsão de crescimento de 800% até 2013.

Aos 25 anos, Breno Masi conseguiu ser a primeira pessoa a desbloquear um iPhone no mundo e provou  que a chave do sucesso é oferecer um produto de qualidade. Hoje, ele é diretor de marketing e produtos da Agência Fingertips, a primeira empresa brasileira dedicada exclusivamente para o desenvolvimento de aplicativos. “A Apple tem um material bem didático à disposição dos interessados que queiram se lançar nesse mercado. Conheço vários desenvolvedores de sucesso que começaram sem sequer saber programar”, diz o empresário.

Vade Mecum é um dos apps mais baixados no Brasil

Outro bom exemplo de sucesso é o do engenheiro Bruno Ferreira. Ele desenvolveu para a plataforma da Apple um aplicativo essencial para os estudantes do curso de direito, o Vade Mecum, livro que possui toda a legislação brasileira. Por apenas US$ 6,99 é possível adquirir o programa, que tem como vantagem as atualizações constantes, sem custo adicional.

“Outros produtos do mesmo tipo já existiam, mas eu não estava satisfeito com eles. Estudei sozinho a linguagem da Apple e somei aos meus conhecimentos de mecatrônica para corrigir as falhas de outros programas disponíveis na época” , afirma.

Apesar do sucesso com o Vade Mecum virtual – atualizado mensalmente – e dos elogios sobre a facilidade de carregar o produto, Bruno confessa não ter faturado tanto quanto gostaria. “Mesmo com um dos aplicativos mais baixados da loja, ainda não posso dizer que dá pra sobreviver apenas com o dinheiro que recebo por ele. De qualquer forma, acabo de lançar a versão para iPad e, em breve, a do Android”, revela.

O bancário Chrystiano de Castro possui um blog sobre a plataforma da Apple e percebeu a oportunidade de entrar nesse mercado. Ele foi a São Paulo em busca de um curso para aprimorar o conhecimento na área e ganhar um dinheiro extra com a criação de aplicativos, pois em Brasília ainda não existem escolas que oferecem essa especialização. “Não tinha conhecimento da linguagem da Apple Store [site de vendas dos aplicativos] e das ferramentas. Felizmente, tudo é muito fácil de usar. Principalmente depois da última atualização”, explica.

Entrar em um curso online e aprender o básico dos códigos de programação pode ser um bom começo para se arriscar nessa empreitada, principalmente para quem não pode viajar. As aulas custam cerca de R$ 450 e é necessário utilizar um computador da Apple para instalar alguns programas necessários, como o SDK e o Builder.

Os mais entendidos no assunto podem se aventurar no curso de programação gratuito oferecido pela Universidade de Stanford. Ele está disponível no iTunes, mas deve-se ter o domínio do inglês para não se perder nas aulas.

A Apple não é a única incluída nesse filão. Outras empresas já estão atentas para o desenvolvimento de aplicativos e estão dispostas a investir em novos talentos. O Google já lançou um programa para criação desses programas, o Google App Inventor. E a Nokia  possui o Ovi App Wizard, um guia para fabricação de aplicativos.

Mercado brasileiro em expansão

O técnico em informática Raphael Santos Correa, no ramo há 6 anos, atesta a evolução dos aplicativos para dispositivos móveis. “Eles ficam cada vez mais modernos, complexos e com mais especificações. As plataformas digitais também estão em constante evolução, para dar suporte aos novos produtos.”, explica.

Raphael estabelece uma comparação entre os aplicativos estrangeiros e os feitos no Brasil. “Apesar dos estrangeiros serem mais numerosos e mais conhecidos, os programas brasileiros estão conquistando espaço entre os usuários. O aumento no número de empresas do país que produzem aplicativos e o fato das vendas de aparelhos como iPhone e iPad terem crescido incentivou a criação e a diversificação de aplicativos brasileiros.”, conclui.

Posted in HiTech | Leave a Comment »

Nem tudo o que está na rede recebe classificação

Posted by rafamariani em 15/06/2011

Você sabe quem é responsável pela classificação indicativa no Brasil? A resposta é o Ministério da Justiça (MJ). Dentro dele, existe um departamento específico, o de Classificação, Títulos e Qualificação, que avalia o conteúdos de produtos audiovisuais, como filmes, novelas e jogos, e indica às famílias brasileiras qual a faixa etária recomendada para cada um deles.

Diego Assumpção, 28, é servidor do MJ e é um classificador indicativo. Ele trabalha com uma equipe de 17 pessoas e segue métodos rigorosos para classificar tudo que é exibido no país – só no ano passado, 2010, foram classificados mais de 10 mil itens.

• Tecnologia que vicia 

Ministério já classificou mais de 10 mil itens

Além de filmes e novelas, Assumpção também é responsável por classificar jogos de videogame e computador.  Em entrevista para a 2ª Agência Experimental de Notícias do Iesb, Diego conta que o Ministério não avalia os games que estão apenas online – ou seja, que não permitem download – porque a legislação brasileira não prevê a classificação de conteúdos da rede. Mas, como as plataformas dos jogos de MMO têm de ser baixadas pelos jogadores, os games são considerados produtos distribuídos no Brasil e, por isso, têm classificação.  

Agência: Como é seu dia a dia como classificador indicativo?

Diego Assumpção: É trabalhar em um escritório, mas com algumas adaptações. Além de computador e uma pilha de processos, temos também televisores e consoles de videogame. O dia a dia é analisar o material do jogo, verificar seu conteúdo, escrever um relatório e sugerir uma classificação. O jogo então é visto por mais uma pessoa. Os relatórios e as impressões sobre os jogos são comparados e chega-se a uma classificação final.

Agência: Quais são os parâmetros usados para dizer que tal jogo é de classificação livre e outro recomendado para maiores de 18 anos?

Assumpção: Um jogo não é recomendado para maiores de uma idade, mas sim “não recomendado” para menores dessa idade. E os parâmetros são os níveis de violência, sexo (incluindo nudez) e drogas (cigarro, álcool, cocaína, maconha etc.). Também são levados em conta o nível de detalhamento gráfico do jogo, o grau de interação (o seu personagem fumar é mais grave do que ver algum outro personagem fumando) e os propósitos do jogo.

Agência: Existem milhares de jogos online gratuitos. Vocês conseguem classificar todos eles?

Assumpção: Jogos puramente online, jogos de navegador, não recebem classificação indicativa. A atual configuração legal brasileira permite que tais jogos sejam considerados conteúdos de Internet, e não há classificação para Internet. Contudo, jogos que são vendidos ou baixados da Internet, como a Xbox Live, são considerados “distribuídos no Brasil” e devem ser classificados.

Agência: A venda de alguns jogos de computador foi proibida no Brasil. Isso não é censura?

Assumpção: A classificação indicativa nunca proibiu jogo nenhum, nem emitiu parecer que recomendasse proibição. Se um jogo é muito forte, o máximo que ocorre é receber classificação 18 anos. Alguns jogos foram proibidos por conta de decisões judiciais descentralizadas. Nesse caso, a classificação indicativa não pode fazer nada a respeito.

Agência: Em 2006, foi criado o Novo manual de Classificação Indicativa. O que gerou a necessidade de criá-lo e quais as diferenças entre ele e o antigo manual?

Assumpção: O Novo Manual da Classificação Indicativa serviu para sistematizar as regras e os critérios de classificação de acordo com a realidade. A sociedade muda e o manual deve acompanhá-la. Contudo, desde então, o manual de 2006 tem passado por revisões constantes, sendo que a revisão de critérios para jogos ocorreu em meados de 2010. Além disso, todos os critérios foram colocados em debate aberto ao público, de novembro de 2010 a abril de 2011. Agora, o Ministério da Justiça está reunindo todas as contribuições recebidas e estudando as revisões. Esperamos que a versão mais atualizada do manual saia ainda neste ano.

Posted in Uncategorized | Leave a Comment »

Empregadas domésticas buscam emprego pela internet

Posted by jornalista01154 em 15/06/2011

No DF, site de agência foca em profissionais qualificados, que têm até secretariado

Joana Saraiva e Ronan Nascimento

Já se foi a época em que uma pessoa trabalhava durante muitos anos na casa de uma família, ajudava a criar as crianças, fazia comida, lavava roupa, limpava a casa e ainda dormia no local de trabalho. Hoje, o mercado exige que essas profissionais saibam tudo isso, mas ainda tenham cursos específicos, como confeitaria e secretariado.

Pensando nesse potencial, a psicóloga Carolina Mayrink Muffato criou uma agência de empregos voltada especificamente para esse ramo: Casa e Serviços. “Quando colocava anúncios no jornal, vinham várias pessoas com perfis diferentes do que eu queria, porque o espaço do jornal é pequeno e caro. Quando fui procurar por meio de agências, também não conseguia encontrar profissionais de qualidade.”

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem 7,2 milhões de trabalhadoras domésticas. O número representa quase 16% do total de mulheres com um emprego no país. Mas, de acordo com pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o nível de escolaridade das trabalhadoras domésticas era de 6,1 anos em 2009. Isso significa que a maioria delas sequer concluiu o ensino médio.

A agência de empregos cadastra a maioria das profissionais por meio do site, mas a empresa também tem um escritório. Na página, elas podem criar um perfil, ao preencher um formulário que pede informações pessoais. Entre elas, o número de identidade e o CPF. As entrevistas e os atendimentos às “patroas” são feitas na sede.

• O que diz a lei

Além da Casa e Serviços, a agência Home Baby também recruta essas profissionais e oferece cursos de capacitação. Entre eles, treinamento de babá, cuidados com o bebê no primeiro ano de vida, organização e limpeza da casa e até culinária.

 Carolina Muffato conta que sua empresa tem um banco de profissionais com mais de mil pessoas cadastradas. No mínimo, 400 delas ainda estão à procura de emprego. Oportunidade que fica a critério de cada cliente. Ele pode escolher pelos detalhes: desde experiência no trabalho, recomendação, idade e até religião, se tem filhos ou não, onde mora e por aí vai. Por outro lado, o mesmo direito é concedido à pessoa que se cadastra na agência. Ela pode escolher o que prefere fazer em relação aos serviços de casa. Como cozinhar, lavar ou só fazer faxina. Se quer trabalhar em casa que tenha crianças e até o salário que quer receber.

O jornalista José Marcelo Santos está à procura de uma empregada doméstica que possa cuidar das tarefas de casa, ficar de olho nas duas filhas e dormir no local de trabalho. “A agência não pode me dar uma segurança real. O que eles me oferecem é um leque de opções.” Ele preferiria escolher por indicação de amigos, mas não conseguiu boas candidatas, por isso recorreu à agência.

A proprietária da agência explica que a média salarial das empregadas domésticas em Brasília gira em torno de R$700 aR$ 900. “As pessoas aqui acham que é caro pagar uma doméstica com esse salário. Se comparado a mercados como São Paulo e Rio de Janeiro, lá as domésticas ganham R$ 1.200 ou mais”, pondera.

É esse o valor do salário que Ivanilde de Jesus Euzebe, de 37 anos, quer ganhar. “Acredito que você, ao estabelecer o seu salário, deve ter garantia da qualidade do serviço que pode oferecer”, explica. Ao fazer o cadastro nessa agência, as restrições foram apenas duas: o salário e o fato de que ela prefere trabalhar numa casa que não tenha crianças. “Não é que eu não goste. Trabalhei durante muitos anos em casa com crianças, praticamente ajudei a criar uma menina que hoje tem 21 anos. Me apego muito”, justifica Ivanilde, que faz um curso de secretariado para aumentar as chances de conseguir uma vaga.

De acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos (Dieese), no mês de abril, a taxa de desemprego total no Distrito Federal foi de 13,6%. De acordo com a pesquisa, essa é a menor taxa de desemprego para o mês, desde 1992. Outro dado que chama a atenção é o fato de que somente 26,8% das empregadas domésticas têm carteira assinada no país.

Simone da Costa Fernandes, moradora de Planaltina, já pode se considerar fora das estatísticas. Isso porque, há uma semana, ela fez o cadastro no site da agência e na primeira entrevista foi contratada. Simone vai ganhar dois salários mínimos, o que representa mais de R$ 1.000, e vai trabalhar oito horas por dia. Tímida, ela confessa que acredita ter ganhado a nova patroa quando contou seus dotes culinários. “Já fui confeiteira e adoro fazer bolos e tortas.”

O cliente pode escolher as candidatas de dois modos: a consulta simples ao banco de dados do site revela os perfis pelos quais pode se interessar, enquanto a agência se encarrega de passar os contatos dessas profissionais. A outra opção é a consulta assessorada, na qual o cliente só informa o perfil da profissional que procura. Nesse caso, a agência se encarrega de selecionar as profissionais, checar as referências e certidões criminais.

Posted in Balcão Virtual | Etiquetado: , , | Leave a Comment »

Beleza fora do padrão

Posted by tchayane em 15/06/2011

Sites e blogs voltados ao mundo plus size permitem que mulheres descubram que há beleza além do manequim 38

Thallyta Chayane

À medida que aumenta a população acima do peso, cresce também o mercado da moda para as mulheres que usam GG. As modelos “plus size”, ou tamanho grande, estão longe do manequim 38, mas nem por isso deixam de ser sensuais e charmosas. Agora, elas já começam a influenciar também a internet.

Na rede, mulheres acima do peso criam sites e blogs em que oferecem informações de moda e beleza e compartilham suas experiências. “Eu me sentia excluída, alguém totalmente fora dos padrões. Depois que comecei a seguir o site Gordinhas Lindas, me valorizei mais, passei a ser mais autoconfiante”, diz a estudante Kika Aguiar. Ela conta ainda que depois que viu as modelos plus size (com manequim 44 a 52) usando roupas que marcavam o corpo, também resolveu ousar. Abandonou a calça jeans e o regatão e se surpreendeu com o resultado: “Me olhei no espelho e vi uma linda mulher”.

No Gordinhas Lindas, há uma sala de bate-papo que permite a interação entre modelos plus size, mulheres GG e homens que gostam das mulheres cheias de curvas. Há ainda dicas de moda e um espaço aberto para que os seguidores do site mandem textos, fotos e dúvidas. Uma das colunistas do site, Adriana Testa, que também é GG, conta que a página surgiu com o intuito de valorizar a imagem das mulheres gordinhas.

 “Nós nos amamos como somos. Por que deveríamos emagrecer? Temos quilos extras sim, mas somos especialmente bonitas e também mais femininas”, conta a modelo plus size Louise York. Ela diz que a vontade ser modelo veio após acompanhar os desfiles do Fashion Weekend Plus Size, primeiro do tipo realizado no Brasil, no ano passado, em São Paulo. O evento contou com o desfile de 14 grifes de moda GG, que apresentaram suas coleções primavera/verão 2011.

O blog Gordinhas Maravilhosas está há apenas três anos no ar e possui mais de 3 mil seguidores. De acordo com o idealizador da página, Dionisio Sanabio, o blog foi criado para levantar a autoestima de Gee Oliveira: “Queria mostrar para minha esposa, que havia engordado, que existem pessoas gordinhas e felizes. Desde então, trocamos muitas experiências com leitoras, e hoje ela se aceita melhor”. O blog atualmente é escrito por seis colunistas e traz matérias referentes ao mundo plus size, dicas de moda e discussão de temas polêmicos sobre mulheres gordinhas.

• Conheça algumas agências dedicadas às modelos plus size.

Nas vitrines das lojas, no entanto, as mulheres “GG” ainda têm problemas para encontrar roupas, pois não existem padrões de modelagem. “Os tamanhos estão cada vez menores, as formas diminuíram. Encontramos roupas 46 que parecem 44 e assim por diante”, conta Kika. “Não tem nada pior do que pegar dez peças de roupa para provar e sair sem nenhuma e se achando um monstro. Ah! Meu quadril é largo demais, minha coxa é grossa demais, eu sou grande demais”, completa.

A consultora de moda Ana Maria de Oliveira fala que as grifes aos poucos estão percebendo que o tamanho GG é uma excelente oportunidade de negócio. E que “o mercado brasileiro está valorizando mais a imagem da mulher real, que tem bumbum grande, seios fartos a até uma barriguinha, celulite, culote”. Mas essa mulher “precisa ter opções de roupas jovens, estilosas, que acompanhem o seu jeito de ser”, afirma Ana Maria.

 “Vivemos em um contexto em que a estética é vista apenas pelo ângulo da magreza. Isso faz que mulheres fora desses padrões se sintam retraídas, com vergonha, por não se encaixarem nos moldes da sociedade”, conta a psicóloga Marley Brandão. Mas, de acordo com ela, a inserção das modelos plus size no universo fashion está mudando essa visão e as mulheres GG estão se assumindo e exigindo que o mercado mude com elas.

A psicóloga Marley diz ainda que, se quiserem emagrecer, as mulheres mais cheinhas precisam fazer isso de forma saudável e sem pressão. E deixa a dica: “Enquanto você não conseguir emagrecer o quanto deseja, não deixe de se achar bonita. Não saia de casa querendo se esconder. Se cuide, enxergue sua beleza, do jeito que é e se ame, antes de qualquer coisa”.

Veja algumas das principais modelos plus size:

Posted in Digicultura | 1 Comment »

No mundo tecnológico, a máquina de escrever sobrevive

Posted by priscillateles em 14/06/2011

Última fábrica do mundo fecha, mas cresce o número de admiradores do equipamento poético e nostálgico

Priscilla Teles e Priscylla Ferreira

O som ruidoso das teclas antigas das máquinas de escrever perde espaço a cada dia para os toques silenciosos dos aparelhos “touch”. Por causa dessa concorrência, a última fábrica de máquinas do mundo, Godrej and Boyce, situada em Mumbai, na Índia, encerrou as atividades no mês de abril deste ano com apenas 200 unidades no estoque.

Para não cair em uma situação parecida, Uacy Mendes Silva, dono da loja Telecomaq, em Brasília, muda a estratégia de negócio assim que percebe a transformação de mercado. No início, em 1957, o estabelecimento vendia apenas máquinas. Com o avanço da tecnologia, o telex entrou nas prateleiras, na década de 70. Nos anos seguintes, foi a vez do fax e das calculadoras. Mas as máquinas sempre foram as estrelas da loja.

Hoje, a casa é referência para quem quer comprar não apenas esses aparelhos, mas outros instrumentos antigos, como telefones e antenas  ̶  além de consertar os que estão no fundo do armário. Desde 2009, ele percebeu um aumento nas vendas de máquinas para uso pessoal. “As pessoas têm procurado mais. Principalmente os modelos mais antigos, que são mais caros. Dizem que é para ficar em casa, bom pra decorar e fazer de estimação”, conta. Por ser o único a prestar o serviço na região, ele atende moradores de Brasília e de outros estados, como Tocantins e Bahia.

Nesse grupo de pessoas apaixonadas pelo instrumento datilográfico está Thais Figueiredo, estudante de jornalismo. A paixão começou na infância, quando visitava uma tia-avó no interior de Goiás e via de longe uma grande máquina vermelha, que não podia tocar. A proibição dos adultos surtiu o efeito oposto e despertou nela a vontade de usá-la. Já adulta, ganhou de herança uma máquina de escrever de um amigo da família.

Confira filmes que se inspiraram na máquina de escrever:

 

Desde então, utiliza o aparelho para escrever textos pessoais, geralmente introspectivos, e também para estudar para concurso (para ela, digitar ajuda a decorar as leis). “Tenho celular, iPod e sou apaixonada pelo meu computador da Apple. Mas a máquina é poética, nostálgica. O som das teclas é lindo. É muito prático escrever e não ter que pedir para imprimir”, afirma Thais.

Mas nem todo mundo que usa o equipamento gosta da velha máquina. No escritório de contabilidade M&M,  em Unaí, Minas Gerais, a necessidade força o uso, que não agrada à proprietária, Delma Lopes. Ela diz que utiliza porque ainda existem formulários que não são disponibilizados via online ou que possam ser digitados.

Ela vê desvantagem em ter que usar a máquina por causa do tempo que é gasto para fazer o trabalho, da perda de materiais com erros datilográficos e da falta de peças e locais para manutenção. Delma só elogia o instrumento quando a tecnologia moderna falha. “Com ela, nos momentos de pane dos PCs, quando os vírus atacam, conseguimos fazer o serviço sem atraso.”

Uacy concorda com Delma: ele se adaptou às novas tecnologias. Sua loja possui site e computador, mas ele não abre mão da boa e velha máquina de escrever em situações de emergência. “Ela nunca me deixa na mão.” Ele conta que bancos e órgãos de governo também procuram máquinas, porque alguns funcionários não se habituam ao computador.

Conserto

O fato de as fábricas terem fechado não significa que os donos das tão admiradas máquinas datilográficas ficarão sem suporte. Existem empresas terceirizadas que fabricam apenas peças das relíquias. Porém, para não ter problemas com o fornecimento e o valor cobrado pela manutenção, Uacy criou um estoque de peças, que facilita o seu trabalho.

“Desmonto algumas máquinas e uso algumas partes para consertar os equipamentos dos meus clientes. Tenho muitas máquinas, por isso tento dar outro destino a elas, em vez de ficarem paradas no ‘sótão’ da loja”, afirma.

 

 

Posted in Digicultura | Leave a Comment »

Conheça agências para modelos plus size:

Posted by tchayane em 14/06/2011

Criatura GG  A agência possui uma revista eletrônica, há 10 anos no ar, em que as mulheres acima do peso encontram matérias, dicas de moda e comportamento. Na página da agência é possível ainda ver books de modelos plus size e se cadastrar para trabalhar como modelo tamanho GG.

GGliter Models  Essa  agência paulista cadastra meninas interessadas em seguir carreira como modelo. A GGliter Models dá preferência para meninas que moram em São Paulo, que tenham acima de 1,60 cm e que usem manequim 44 ao 60. Para integrar o casting, basta enviar e-mail para gglitermodels@gmail.com, com fotos, medidas e telefone para contato.

Posted in Uncategorized | 1 Comment »

“Revolução” avança para a rede

Posted by igorcurvo em 14/06/2011

Iniciativas no Brasil e no mundo utilizam sites, blogs e redes socais para divulgar causas e mobilizar grupos de protesto

Igor Curvo e Saulo de Castilho

Além do cartaz, da faixa, das palavras de ordem e da cara pintada, um mouse à mão. Assim como quase tudo no mundo, a internet também mudou a configuração dos protestos. Experiências dentro e fora do Brasil utilizam a Web e seus recursos para divulgar causas, realizar pressão e articular manifestações. É o ativismo online ou ciberativismo, expressão da participação política adaptada aos novos tempos.

No Brasil, a mistura entre insatisfação dos jovens e familiaridade com o digital já apresenta consequências. Do desabafo no Twitter contra o alto preço da gasolina surgiu o Na Mesma Moeda. O movimento incentiva a ida de pessoas até um posto de combustível para abastecer o equivalente a R$ 0,50, pagar com cartão de crédito ou moeda e exigir nota fiscal. Os encargos envolvidos na transação superam o valor desembolsado. Resultado: prejuízo para os postos. O grupo montou uma página em que Internautas interessados podem marcar protestos nas suas cidades e repassam a data para o site divulgar.

“À medida que a geração nascida após o advento da internet chega à idade adulta, verifica-se aumento dos movimentos ciberativistas em função da energia da juventude, do domínio sociotécnico e do desemprego predominante em grande parte do planeta”, explica Hélio Paz, professor de comunicação digital da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos-RS).

Confira como foi a manifestação do Na Mesma Moeda em Brasília:

Abaixo à ditadura

Já a jornalista Niara de Oliveira usou o próprio blog, o Pimenta com Limão, para promover a campanha #desarquivandoBR, pela divulgação dos arquivos da ditadura militar brasileira. “O Brasil é o país mais atrasado da América Latina na abertura dos documentos secretos do período militar e na apuração dos crimes cometidos pelo Estado”, afirma.

Para promover a campanha, fez uso de várias ferramentas e ações na internet. Uma delas é a chamada blogagem coletiva. Blogueiros parceiros e interessados se comprometem a publicar num mesmo dia conteúdos relacionados à abertura dos arquivos da ditadura. Na primeira edição, realizada no final de 2010, todos puseram no ar uma entrevista feita por Niara com Criméia Almeida e a Suzana Lisboa, da Comissão dos Familiares dos Mortos e Desaparecidos. Na segunda, já em 2011, cada blog publicou um texto próprio e inédito sobre tema e, na terceira, realizaram entrevistas com ex-torturados ou familiares de desaparecidos.

Ativismo online é para preguiçosos?

Ao todo, 50 blogs já participaram da iniciativa, que utiliza também tweetagens (esforço concentrado de postagens no Twitter usando a hashtag e uma assinatura visual), banners, grupos de discussão no Facebook e divulgação de fotos e vídeos. Segundo Niara, a amplitude e o alcance da internet contribuíram para o aumento da rede de contatos da campanha, que hoje inclui artistas, personalidades, intelectuais, juízes, ministros, parlamentares e jornalistas. “Mas o assunto não é popular e nem facilmente digerido. Mesmo depois de três blogagens coletivas, não chegamos nem perto de tornar a campanha popular na internet, apesar de muito respeitada”, analisa.

Também como questionamento ao período do regime militar, surgiu o movimento “Quem Torturou?”. O grupo promove intervenções urbanas em São Paulo, como a fixação de cartazes e o uso de carimbos em notas de real, com os dizeres “Quem torturou Dilma Rousseff?”, “Quem torturou Frei Tito?” e “Quem matou Alexandre Vannucchi Leme?”. As ações são inspiradas no trabalho do artista plástico carioca Cildo Meirelles, que na década de 70 carimbava notas de cruzeiro com a expressão “Quem Matou Herzog?”.

O coletivo utiliza as redes socais e o blog para incentivar o público a também participar e engrossar a rede de “carimbadores”. Para isso, além de informações referentes aos crimes cometidos durante a ditadura, é divulgado o passo a passo de como produzir os carimbos e ajudar na divulgação.Acreditamos que esses espaços públicos facilitam o fluxo de ideias e a organização do grupo, principalmente no preparo de documentos e no ajuste de ações”, explicam os integrantes do “Quem Torturou?”, que preferem não se identificar.

Manifestações pelo mundo

Na Primavera Árabe, onda de revoluções pró-democracia no norte da África e no Oriente Médio, regimes assentados no poder há décadas foram derrubados em protestos convocados pelo Facebook no início do ano. As redes sociais foram usadas ainda para furar a censura e transmitir relatos das revoltas para o exterior. Na Espanha, discussões e articulações em fóruns na internet resultaram na ocupação de praças em mais de 60 cidades do país em maio, num protesto contra o governo e a classe política.

O uso de ferramentas digitais no ativismo não significa, no entanto, um divórcio dos protestos com as ruas. “Por mais importantes que sejam as redes sociais e as intervenções virtuais, não devemos nos esquecer de que elas não são suficientes para dar efetividade e força ao ativismo político”, lembra o “Quem torturou?”. “Como vimos na Tunísia, no Egito e na Espanha, o ambiente digital e o presencial se complementam”, opina Paz.

Posted in Cidadania Online | Leave a Comment »